sábado, 1 de março de 2014

Padre Mário critica marginalização da igreja no Dia de Tomar

O padre Mário Duarte não teve direito a um lugar sentado. Ficou de pé, à porta
O padre Mário Duarte, vigário de Tomar, ficou à porta do salão nobre dos Paços do Concelho durante a cerimónia comemorativa do dia da cidade. Não havia lugar para o pároco conforme era habitual nos anos anteriores.
Mas a marginalização da igreja por parte da câmara socialista começou no programa oficial, conforme denunciou o padre Mário na missa das 12 horas deste sábado na igreja de S. João.
Na parte introdutória da missa o padre Mário deixou vários recados para a Câmara. Começou por falar do horário da missa, “relegada para a hora do almoço” e sem a presença dos autarcas. Denunciou o facto de no convite enviado às entidades não vir referida a missa e no cartaz estar escrito “missa católica” que, para o padre Mário, “não faz sentido, gera confusão”. O pároco notou também que durante os discursos na sessão solene não houve qualquer referência à presença do representante da igreja.
“Uma cidade não pode estar virada para o umbigo”, “estas cerimónias não podem ser para um grupinho, têm de ser abertas”, afirmou o padre.
Apelou para que a cidade fosse “mais justa”, sem que “ninguém seja humilhado ou excluído pelo seu credo” e que se “acabem com rivalidades ridículas”.
Terminou com uma frase do Papa Francisco num claro recado à Câmara: “Querer construir uma cidade sem Deus, sem a vida e o amor de Deus, é uma ilusão”.

9 comentários:

  1. Pois é, Pde. Mário, está aver como se sente um cidadão que vai assistir a uma Assembleia Municipal. Fica de esguelha. E tem sorte pois estava de esguelha mas mais ou menos dentro sala. A mim aconteceu-me ver um bocado da assembleia no acesso à sala dado que a mesma estava "cheia" com os deputados municipais e vereação (tudo junto não chegava aos 60 elementos) e a que se devem juntar os jotinhas de pelo menos três forças partidárias. Como pode constatar a sala estava cheia até mais não.

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  2. "Artigo 41.º
    Liberdade de consciência, de religião e de culto

    1. A liberdade de consciência, de religião e de culto é inviolável.

    2. Ninguém pode ser perseguido, privado de direitos ou isento de obrigações ou deveres cívicos por causa das suas convicções ou prática religiosa.

    3. Ninguém pode ser perguntado por qualquer autoridade acerca das suas convicções ou prática religiosa, salvo para recolha de dados estatísticos não individualmente identificáveis, nem ser prejudicado por se recusar a responder.

    4. As igrejas e outras comunidades religiosas estão separadas do Estado e são livres na sua organização e no exercício das suas funções e do culto.

    5. É garantida a liberdade de ensino de qualquer religião praticado no âmbito da respectiva confissão, bem como a utilização de meios de comunicação social próprios para o prosseguimento das suas actividades.

    6. É garantido o direito à objecção de consciência, nos termos da lei."

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  3. A mudança está em curso...

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  4. Concordo plenamente com o Padre Mário mudaram o horário da missa das 10 para o meio dia hora de almoço e os autarcas não estiveram lá...pelos frutos os conhecereis...

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  5. O senhor Rui M. tem razão no que diz. Mas é igualmente verdade que no caso da maioria do território e da respectivas populações a igreja católica representa muito para uma boa parte da população. Por uma questão de etiqueta poderia ter sido convidado como o foram muitos outros. Era de bom tom. Além disso estão obrigados a trabalharem em conjunto para bem de Tomar. Obrigado

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  6. Qual será a postura da Câmara Municipal em relação à Festa dos Tabuleiros?!
    Já estou a ver a Anabela Freitas e companhia a não participar nas saídas das Coroas, ou então vão esperar que as missas acabem,para depois aparecerem nas fotografias...

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    1. Concordo em pleno consigo João. Realmente a mudança está a existir pois, mas neste caso para o negativo. Já era sabido que ao a Sr. Presidente querer mudar a hora da missa das 10h para as 12h era de especular a não participação de ninguém. 1º Por se encontrar próxima a hora de almoço; 2º Porque após o almoço iria haver as cerimónias do aniversário dos bombeiros, e estas começando às 15h30 senão estou em erro, a margem de tempo era curta. Para participar na Eucaristia, almoçar e estar presente a horas no quartel para o começo das cerimónias. É de lamentar..

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  7. Sentiu-se excluído. E não está acostumado a isso. Mas o que ele queria, não pode ser visto como um privilégio? Sim, sabemos que uma grande parte da população é católica. Mas dar um lugar de destaque ao pároco, num ambiente leigo, é justo?

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  8. ola senhor padre mario a missa amanha de manha na igreja de santa maria dos olivais de tomar?

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